sábado, 5 de março de 2011

Por que adiar para daqui a dois anos o sonho que você pode realizar hoje?

Antigamente era assim: a mulher casava entre 20 e 30 anos e após um ano de casamento começava a tentar engravidar para dar a luz ao primeiro rebento, de uma série de três a quatro filhos.  Após a realização do sonho do casamento, era este o próximo objetivo do casal. Mas ao longo do tempo as coisas foram mudando (e muito!) e com elas, os valores e ambições individuais e consequentemente dos casais. Nos tempos atuais, percebe-se uma importante mudança na faixa etária das mulheres quando o assunto é casamento, que passou a ocorrer entre 30 e 40 anos. Isso porque, antes de jurar amor eterno, em primeiro lugar vem a realização profissional, que inclui não somente concluir a escola e a faculdade, mas fazer uma pós-graduação e conseguir um emprego estável. Entretanto, apesar de se preocupar em conquistar um lugar no mercado de trabalho, o sonho de ser mãe não é esquecido, apenas adiado. A crença de que os modernos métodos de reprodução assistida irão resolver qualquer dificuldade que possa aparecer e de que o nascimento dos filhos deve acontecer em um momento de “estabilidade” contribuem para fortalecer estas idéias. O que talvez a maioria das mulheres não saiba é que o seu relógio biológico reprodutivo não para e que a sua reserva de óvulos diminui progressivamente a cada ciclo menstrual. Isso quer dizer que a partir dos 35 anos acentua-se a curva de declínio da reserva ovariana e com ela as chances de gestação. Outras preocupações incluem o maior risco para o aparecimento de malformações fetais e síndromes cromossômicas, bem como maior risco materno. Neste grupo etário também são mais comuns outras condições, como miomas uterinos, doença inflamatória pélvica e endometriose, que podem contribuir, com diferentes graus de importância, para reduzir as chances de gravidez. Em mulheres acima de 45 anos há maior freqüência de hipertensão arterial, diabetes e câncer de mama. O que fazer diante de tais fatos? Abdicar da carreira? É claro que não! O que talvez as pessoas custem a perceber é que o “momento perfeito” de estabilidade financeira e emocional pode custar a chegar e que dividir as atividades de trabalho, casa e educação dos filhos é possível, ainda mais com avós mais jovens para ajudar!! A conscientização a respeito destas modificações é fundamental para o planejamento familiar e assegurar a realização pessoal. Pensem a respeito,
Um abraço,
Luciana Chamié


Nenhum comentário: