US 3D transvaginal para avaliação da posição do DIU na cavidade uterina
A avaliação do DIU após a sua inserção na cavidade uterina pode ser realizada de forma rotineira através de uma ultrassonografia transvaginal convencional. Entretanto, algumas vezes este método não permite uma adequada avaliação da posição real do DIU, uma vez que o mesmo pode estar com o eixo oblíquo, invertido ou mesmo com uma das hastes insinuando-se na porção intramural das tubas ou no miométrio, o músculo que compõe a parede uterina.
A visão tridimensional possibilita melhor análise e nos equipamentos mais modernos é pode ser obtida em questão de alguns minutos.
No exemplo abaixo, a primeira imagem demonstra um DIU em posição correta e a segunda com eixo invertido, oblíquo e com insinuação da haste vertical no segmento intramural da tuba direita.
Um abraço carinhoso,
Luciana
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Histerossalpingografia- um método "ainda" muito valioso no estudo da mulher infértil
A histerossalpingografia consiste em um exame radiológico contrastado cujo principal objetivo é a avaliação das tubas uterinas. Apesar de antiga, esta metodologia ainda é extremamente valiosa na propedêutica de investigação da mulher infértil. Dentre todos os métodos de imagem disponíveis, é o único que possibilita de forma mais acurada a avaliação da morfologia (aspecto, mobilidade) e permeabilidade das tubas uterinas (se estão "fechadas" ou obstruídas). Além disso, ainda possibilita a avaliação da cavidade uterina, quando indicada a pesquisa de malformações congênitas, aderências (sinéquias) e lesões com projeção para dentro do útero, como pólipos endometriais e miomas uterinos submucosos.
O exame deve ser realizado entre o 6º e o 11º dias do ciclo menstrual. É muito importante afastar a possibilidade de gravidez antes de sua realização. Durante o uso contínuo de contraceptivos ou outras razões para não estar menstruando é de fundamental importância a orientação de seu médico, consentindo a realização do exame.
O exame é feito em uma sala de radiologia, com a paciente em decúbito dorsal. Atualmente na maioria dos serviços, utiliza-se um cateter flexível, posicionado no colo uterino. O contraste iodado é injetado lentamente e são então realizadas radiografias seriadas da cavidade uterina, do enchimento gradual das tubas e da passagem do contraste para a cavidade pélvica. Após esta fase o cateter é retirado, a paciente orientada a caminhar por alguns minutos e então é realizada a última radiografia, em geral após 7 minutos. Esta última radiografia é muito importante pois será utilizada na avaliação do esvaziamento das tubas, presença de contraste residual, acúmulos de contraste em recessos da cavidade pélvica, etc...
O exame pode ser realizado sob sedação anestésica, porém isso acaba limitando um pouco a sua avaliação, pois a paciente não consegue colaborar com as manobras realizadas (virar de lado por exemplo) e a radiografia tardia costuma ficar prejudicada (é feita muito tempo depois do ideal).
Este exame costuma ser muito temido pelas pacientes, pois em alguns casos pode estar associado a fortes cólicas, sintomas de hipotensão, mal estar etc.. porém, é muito importante frisar, que assim como em qualquer outro procedimento, as reações são individuais, e variam muito de pessoa para pessoa. Quando realizado por um especialista treinado e experiente, costuma ser tranquilo e rápido, com discreto desconforto transitório na forma de cólicas leves que melhoram após o uso de um antiespasmódico.
Em pacientes alérgicas ao contraste iodado, este exame esta contraindicado, pelo risco de eventos alérgicos associados a absorção do meio de contraste pela mucosa vaginal e pelo peritônio pélvico. Alternativamente pode-se utilizar uma profilaxia com medicamentos apropriados nos casos de potencial risco alérgico ou ainda um contraste a base de gadolínio, o mesmo utilizado nos exames de ressonância magnética. Entretanto, este contraste não é tão radiopaco (branco) como o iodo, o que limita bastante a interpretação das imagens. Além disso não são todos os serviços que o utilizam.
Bom, espero ter ajudado vocês a desmistificar um pouco este exame tão mal falado e temido pelas pacientes e a conscientiza-las da sua importância no contexto da infertilidade. Um abraço carinhoso, Luciana
O exame deve ser realizado entre o 6º e o 11º dias do ciclo menstrual. É muito importante afastar a possibilidade de gravidez antes de sua realização. Durante o uso contínuo de contraceptivos ou outras razões para não estar menstruando é de fundamental importância a orientação de seu médico, consentindo a realização do exame.
O exame é feito em uma sala de radiologia, com a paciente em decúbito dorsal. Atualmente na maioria dos serviços, utiliza-se um cateter flexível, posicionado no colo uterino. O contraste iodado é injetado lentamente e são então realizadas radiografias seriadas da cavidade uterina, do enchimento gradual das tubas e da passagem do contraste para a cavidade pélvica. Após esta fase o cateter é retirado, a paciente orientada a caminhar por alguns minutos e então é realizada a última radiografia, em geral após 7 minutos. Esta última radiografia é muito importante pois será utilizada na avaliação do esvaziamento das tubas, presença de contraste residual, acúmulos de contraste em recessos da cavidade pélvica, etc...
O exame pode ser realizado sob sedação anestésica, porém isso acaba limitando um pouco a sua avaliação, pois a paciente não consegue colaborar com as manobras realizadas (virar de lado por exemplo) e a radiografia tardia costuma ficar prejudicada (é feita muito tempo depois do ideal).
Este exame costuma ser muito temido pelas pacientes, pois em alguns casos pode estar associado a fortes cólicas, sintomas de hipotensão, mal estar etc.. porém, é muito importante frisar, que assim como em qualquer outro procedimento, as reações são individuais, e variam muito de pessoa para pessoa. Quando realizado por um especialista treinado e experiente, costuma ser tranquilo e rápido, com discreto desconforto transitório na forma de cólicas leves que melhoram após o uso de um antiespasmódico.
Em pacientes alérgicas ao contraste iodado, este exame esta contraindicado, pelo risco de eventos alérgicos associados a absorção do meio de contraste pela mucosa vaginal e pelo peritônio pélvico. Alternativamente pode-se utilizar uma profilaxia com medicamentos apropriados nos casos de potencial risco alérgico ou ainda um contraste a base de gadolínio, o mesmo utilizado nos exames de ressonância magnética. Entretanto, este contraste não é tão radiopaco (branco) como o iodo, o que limita bastante a interpretação das imagens. Além disso não são todos os serviços que o utilizam.
Bom, espero ter ajudado vocês a desmistificar um pouco este exame tão mal falado e temido pelas pacientes e a conscientiza-las da sua importância no contexto da infertilidade. Um abraço carinhoso, Luciana
sábado, 18 de maio de 2013
Endometriose e infertilidade- dificuldades diagnósticas
Já está disponível aos médicos a aula sobre Endometriose e infertilidade- dificuldades diagnósticas, com acesso através do site do Fleury Medicina e Saúde, www.fleury.com.br (webmeeting). Para discutir este tema de grande relevância, participaram os doutores Gustavo Rosa Maciel (ginecologista e assessor de ginecologia do Fleury Medicina e Saúde); Dr. Paulo Cesar Serafini (especialista em reprodução humana do HCFMUSP e direitor da Clínica Huntington de Medicina Reprodutiva); Dr Duarte Miguel Ferreira Ribeiro (especialista em cirurgia geral e pélvica ginecológica do Hospital São Luiz e diretor da Clínica Dr Duarte Miguel Ferreira Ribeiro) e a Dra Luciana Pardini Chamié (especialista em imagem da pelve feminina do Fleury Medicina e Saúde e diretora da Chamié Imagem da Mulher)
quarta-feira, 15 de maio de 2013
"Meet the expert" a convite da GE na JPR 2013
Palestra sobre exames especializados em ginecologia a convite da GE na JPR 2013
Foram abordados os exames de ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal para pesquisa de endometriose, histerossonografia 3D e ultrassonografia translabial do assoalho pélvico
domingo, 5 de maio de 2013
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Os médicos mais admirados do Brasil....
Em pesquisa realizada durante 4 meses a Analise Editorial entrevistou cerca de 4 mil médicos no Brasil para obter um lista dos profissionais médicos e estabelecimentos de saúde mais admirados
A Dra Luciana Chamié foi indicada como uma das mais admiradas na especialidade Radiologia juntamente com outros 11 colegas da área!
domingo, 27 de janeiro de 2013
ULTRASSONOGRAFIA TRANSLABIAL DO ASSOALHO PÉLVICO
Ja esta disponível na Chamie Imagem da Mulher uma nova metodologia para o estudo das patologias do assoalho pélvico. Trata-se de uma ultrassonografia realizada por via translabial direcionada para o estudo do assoalho pélvico nas fases de repouso, contração e esforço abdominal. O método tem validade na investigação de incontinência urinária e fecal, prolapso dos órgãos pélvicos e traumas de parto no músculo puborretal.
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